Thursday, August 14, 2008

E assim vai indo...

Estou passando por numa fase ótima. Há muito tempo não sei o que é o ócio. Gosto dessa movimentação: os dias passam rápido, as horas mais ainda.. a cabeça ocupada, produzindo, vendo resultados. Sempre algo pra fazer, pra concluir, pra resolver. No fim, bate um misto de cansaço e satisfação que é muito bom!
Eu poderia começar a reclamar: da falta de tempo, do excesso de trabalho, da incompetência das pessoas.. do cansaço e etc. Afinal, as pessoas adoram reclamar. É incrível como elas sabem se fazer de vítimas. Mas, diante de algumas coisas que tenho observado, só posso ter mais certeza de que manter-me ocupada é o melhor a se fazer.
Espanta-me como tem gente que se diz tão ocupada e sem tempo pra nada mas que tem tempo o suficiente pra ficar criando hipoteses sobre a vida, o caráter e a personalidade alheia!!!!!Colocam-se no patamar de perfeição e concluem que suas verdades são absolutas.


É cá entre nos.. pensando bem, pra quem tem um mundo tão limitado, fica fácil ter como referência só a si.

E aí, vem aquele monte de auto-afirmações...
Já discorri não apenas uma vez sobre o que penso sobre as auto-afirmações... é simples: quando você precisa provar demais o que você é, significa que no fundo, nem mesmo vc tem essa certeza. Acredito que esse seja um comportamento natural quando se tem 13 anos, você busca uma afirmação, quer se definir no grupo, e por isso, se auto-afirma o tempo todo. Mas depois de uma certa idade.. já fica ridículo.
"Ou pelo menos, o que me leva a agir não é o que eu sinto, mas o que eu digo." É.. Clarice soube muito bem descrever as fraquezas humanas.

Lamento por aqueles que se consideram imutáveis, invencíveis e absolutos.

A cada dia, aprendo algo novo, conheço novas pessoas, ouço uma nova música, descubro um novo detalhe no meu rosto, tenho uma nova visão sobre um determinado assunto. Não sou a mesma de 5 anos atrás e Deus me livre de continuar a mesma nos próximos 5 anos. A mediocridade me apavora.

“Somente a mudança é eterna!
Um homem não pode entrar duas vezes no mesmo rio!”


Por fim, apenas lamento. Pois aqueles que se julgam tão únicos, verdadeiros e sem falhas, decepcionar-se-ão apenas com eles mesmos, porque vão se dar conta de que (pasmem) são iguais a todos os outros reles mortais: como as mesmas falhas, os mesmos defeitos.. é, aqueles que você tanto apontou e criticou. Os mesmíssimos.

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